CRÍTICA: WandaVision – 1ª Temporada

Primeira série do Universo Cinematográfico da Marvel para o Disney+, WandaVision é uma grata surpresa aos fãs e uma viagem à memória das produções dos anos 50 em diante. Com atuações brilhantes de Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff) e Paul Bettany (Visão), a série revisita momentos importantes da franquia e revela segredos do passado dos personagens, abrindo novos caminhos para as futuras produções do estúdio.

A série começa extremamente diferente do que já vimos nas produções da MARVEL, e permanece assim por alguns episódios. Com revelações aqui e ali e alguns easter eggs escondidos, a série no formato sitcom vai revelando aos poucos as intenções de Wanda ao criar o Hex, uma espécie de realidade alternativa que transformou a cidade de Westview em um mundo paralelo criado pela Vingadora após sofrer pela perda do amado em Vingadores: Guerra Infinita.

Os detalhes de figurino e cenário, bem como a gravação de episódios com plateia ao vivo, trazem nostalgia e fidelidade ao telespectador. É como se realmente estivéssemos assistindo uma produção daquela década. E na medida que algo dá errado, Wanda avança entre os anos e vamos sendo atualizados com ótimas referências das épocas em questão.

Assim sucessivamente, a trama vai entregando alguns detalhes de personagens que hora são “amigos” da protagonista e hora se tornam vilões. Uma delas é a vizinha enxerida Agnes (Kathryn Hahn), que na verdade é Agatha Harkness, uma poderosa bruxa. Paralelamente, Visão continua buscando compreender a realidade e descobrir a verdade sobre sua jornada fora do Hex.

Outra personagem que aproveita os eventos de WandaVision para ser introduzida no UCM é Monica Rambeau (Teyonah Parris), que teve sua aparição como filha da piloto da Força Aérea e amiga de Carol Danvers em Capitã Marvel (2019). Monica tem um papel importante aqui e começa a apresentar sinais da super-heroína que se tornará nos futuros filmes do estúdio.

Já nos seus episódios finais, vemos a transição do estilo retrô para o que já conhecemos da MARVEL nos cinemas, sem perder nem um pouco a qualidade para grandes produções do estúdio. Wanda desperta com a ajuda de Agatha e entrega uma das melhores e mais empolgantes cenas do UCM ao se tornar a Feiticeira Escarlate.

Visão, pelo contrário, ainda precisa lutar cara-a-cara com sua versão “do mal”, trazendo memórias ao seu recém-criado protótipo. Essa revisitação ao passado faz com que Vingadores: Era de Ultron se torne uma peça importantíssima dentro da série, ressignificando uma das produções que não foi tão receptiva ao público na época.

E como tudo é MARVEL, detalhes da origem de Wanda que nunca antes foram mencionados, são encaixados perfeitamente na trama e teorias criadas são ainda deixadas de lado para serem trabalhas em produtos futuras (ou não). Uma coisa é certa, a Feiticeira Escarlate surgiu e deve ser peça fundamental em Doutor Estranho 2, sequência direta da série. Será que termos mais surpresas no longa que chega em 2022?

WandaVision (Disney+, 2021-)
Ação/Ficção
Dirigida por Matt Shakman

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